Propagandas Antigas para Crianças
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Propagandas Antigas para Crianças

Propagandas Antigas para Crianças

POR AGÊNCIA BMC

Hoje crianças são protegidas por lei de todo tipo de conteúdo publicitário considerado nocivo: desde mentiras, manipulação até conteúdo inapropriado. Mas, nem sempre foi assim. O próprio conceito de “inapropriado” mudou muito nas últimas décadas. Analisar estas mudanças é produtivo, pois nos relembra que publicitários devem estar em constante adaptação: o que é aceitável hoje pode não ser mais amanhã.

Vamos relembrar alguns comerciais envolvendo crianças que certamente seriam proibidos nos dias de hoje?

Ícone da publicidade inadequada nacional, os Cigarrinhos Pan são citados em redes sociais até hoje. Alguém achou que era uma boa ideia associar chocolate, um alimento querido pelas crianças, a cigarro, um vício que provoca morte e doenças. Não bastava fazer o chocolate no formato de um cigarro, era preciso chegar a outro patamar e colocar a criança que estampava a embalagem como se estivesse fumando. Ah… os anos 80…

Esta propaganda da Gilette, de 1905, com o slogan “comece cedo, faça a barba” tenta promover a segurança do seu produto com a imagem de um bebê se barbeando, como se, em algum contexto, fosse seguro um bebê lidar sozinho com uma lâmina de barbear. Além da imagem grotesca, que hoje deixaria os adultos de cabelo em pé, mostrar um bebê com uma Gilette nas mãos de forma naturalizada certamente contribuiria para acidentes, caso alguma criança decidisse imitar a imagem, acreditando não haver perigo.

Se você já estava horrorizado com o bebê se barbeando, vai hiper ventilar com a propaganda do revólver Iver Johnson, de 1904. Na intenção de dizer que sua arma era realmente segura, a imagem mostra uma criança brincando com o revólver, com aval do fabricante. Mais: o anúncio diz que a criança poderia deixar as bonecas de lado e, em vez disso, brincar com o revólver, já que ele seria inofensivo. Considerando que foi esta arma que matou o presidente William McKinley e o senador Robert F. Kennedy, talvez não seja tão inofensivo assim.

Hoje sabemos que refrigerantes são extremamente nocivos para a saúde, mas em 1955, a 7 Up mostrou um bebê com uma garrafa de refrigerante, como se fosse uma mamadeira, bebendo do gargalo. Esquecendo por um segundo dos perigos de enfiar uma garrafa de vidro na boca de um bebê, é de causar taquicardia em qualquer pediatra imaginar uma criança dessa idade bebendo refrigerante regularmente. O slogan é igualmente assustador: “Por isso temos os mais novos clientes, ninguém faz como 7 Up”.

Em 1949 o Leite Moça parecia determinado a elevar o número de diabéticos no mundo e sugeriu que seu produto poderia ser um bom substituto ou complemento para o leite materno: “A pureza do Leite Moça e seu elevado teor vitamínico fazem com que ele seja um produto indicado para a alimentação infantil na falta de leite materno”. Imagina o resultado de alimentar um recém-nascido apenas com leite condensado!

Vendo estas pérolas em comerciais envolvendo crianças é inevitável se perguntar: o que será que vemos com naturalidade hoje mas que em 50 anos será visto como uma aberração?

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